terça-feira, 10 de julho de 2012

Trágica morte de Inês Ruivo continua envolta em mistério

A jovem tinha 22 anos e era praça do Exército
Inês Ruivo em 2007 no tentadero de Cochicho fotografada por Hugo Calado
Valente e arrojada lidando uma cava em 2007 no tentadero do cavaleiro e ganadeiro
José Luis Cochicho, em Vila Viçosa
Colhida na arena do Campo Pequeno quando concorreu ao concurso
"à procura de novos toureiros"


O meio taurino continua em estado de choque com a notícia da trágica morte da jovem toureira Inês Ruivo - a quem prestamos hoje sentida homenagem com a publicação de várias fotos da sua curtíssima carreira nas arenas, desde que concorreu em 2007 ao concurso "à procura de novos toureiros" promovido pela empresa do Campo Pequeno (na foto ao lado, fotografada pelo agora empresário Rodrigo Tendeiro).
Inês Ruivo era actualmente praça (e não soldado, como por erro se escreveu) no Exército e exercia as funções de motorista no Instituto de Odivelas.
Quinta-feira passada, de manhã, em função do seu serviço, transportava na viatura militar duas pessoas que tinha ido buscar à Margem Sul e se dirigiam para o Instituto de Odivelas - não ia sózinha, como inicialmente se supôs.
Segundo fonte fidedigna, durante o trajecto na Ponte Salazar, "com a desculpa de uma avaria na viatura, parou a mesma no meio do tabuleiro da ponte e sem que nada o fizesse prever, saltou para o rio". Segundo a mesma fonte e ao contrário das primeiras informações que nos foram prestadas, "não havia nenhum carro da PSP, nem nenhum polícia a tentar impedir o acto".
Inês Ruivo tinha apenas 22 anos, residia na Charneca da Caparica e vivera durante dois anos, até Março, com o conhecido bandarilheiro e ex-novilheiro João Carlos Lorena - a quem terá avisado, por telefonema e mensagem, que "se ia matar". Nessa noite de quinta-feira, segundo Lorena, tinham combinado ir juntos à corrida de toiros que à noite se realizou na praça do Campo Pequeno. Lorena não encontra explicações para o acto da ex-namorada - que continua a homenagear através de textos e músicas postados na sua página da rede social "Facebook".
Inês Ruivo, que estava anunciada para um festejo taurino (aula prática de toureio) no próximo dia 11 de Agosto em Pedrogão do Alentejo, escrevera em 16 de Janeiro último na sua página do "Facebook":
"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás... Mas só pode ser vivida olhando-se para a frente. Não pode fazer-se o certo numa área da vida, enquanto estou ocupada em fazer o errado noutra... A vida é um todo indivisível. A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida...".
Segundo outras fontes e contrariamente ao que nos fora garantido há dias, a Polícia Judiciária Militar (PJM), "não está a investigar a morte de Inês Ruivo".
"As competências da PJM são no âmbito dos crimes militares e o suicídio, ainda que praticado por um militar, como foi o caso, não se enquadra nessa categoria de crimes. Se o mesmo ainda se tivesse passado dentro de uma unidade militar, ainda se compreendia a sua intervenção, mas no caso em apreço, a haver intervenção da Polícia Judiciária, essa garantidamente é civil", explica a nossa fonte.

Fotos D.R.