quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um artigo de André Cunha - um ano depois!




Faena de papel e caneta,
templar com letras...

André Cunha - "É com enorme expectativa que os aficionados Açorianos, com maior expressão nos amantes da Festa Brava com raízes no...". Com estas palavras dava início a uma epopeia que hoje celebra um ano. Sem nunca ter palpado o terreno e com inocência, criei um gosto e uma vontade de transportar para o papel opiniões, sentimentos, factos, emoções, histórias e vivências, em relação a um universo que já conhecia e que sempre me cativou ao longo dos anos, o Toiro e tudo o que gira à sua volta.  
Longe de pensar na repercussão que esse tal artigo iria ter, dou por mim a escrever um segundo texto e quase com um "contrato" mensal em mãos. Sim, um "contrato" com a afición e para com todos aqueles que me apoiaram neste projecto, incentivavam a continuar, aos que me congratulavam e também aos que me criticavam pela negativa. O ditado não engana, não se pode agradar a gregos e troianos!
Se conseguisse cativar alguém, era bom. Se conseguisse cativar meia dúzia de leitores, era excelente. Não transformo, não tenho vara de condão nem sou santo milagreiro, mas fazer alguém olhar e tomar gosto pela festa brava era o objectivo trilhado. Hoje tenho razões para dizer missão cumprida. Mas terminada? Nunca! Embaixador da Festa Brava? Sempre!
Insónias, para muitos são horas perdidas no reboliço dos lençóis. Para mim são momentos chave de inspiração, um amontoado de ideias que fervilham na massa cinzenta e que fazem adiar o sono. Por fim ouve-se um "pliiimmm!", fez-se luz. É hora de rascunhar, transferir da cabeça para o papel pontas soltas, que depois de juntas e bem alinhavadas surtem em algo com pés e cabeça, penso eu.
De olhos fechados imagino todo o cenário, personagens pulam da gaveta, tento fazer uma caracterização fiel e realista para que todos consigam inteirar-se do ambiente ou situação. Primo pela genuinidade e ponho de parte cenas robotizadas, pré concebidas e sem alma. Em mente tenho um propósito, que o leitor esboce um sorriso, tal como eu consiga fechar os olhos e que lhe venha à memória vivências adquiridas anteriormente, sinta que afinal também já passou pelos momentos retratados e diga: "Epá, é mesmo assim! Tal igual!".
Futuro, planos, projectos... abre-se um role no horizonte. Quanto a realização pessoal tem sido deveras positivo nos mais diversos sentidos. Guardo como maior troféu o reconhecimento das gentes dos toiros e o facto de neste último ano ter conhecido várias pessoas influentes no meio taurino, guardiões desta Festa, novas amizades que me deixam satisfeitíssimo e com vontade de continuar. Guardo também um agradecimento à família, amigos e a todos quantos gostam do trabalho que faço.
Termino com uma confissão, é um gozo tremendo ler o que escrevo e pensar: "Espectáculo, isto foi feito por mim!". Muita humildade não é? (lol).

Fotos D.R.