Não é fácil ser prior nesta freguesia taurina e muito menos conseguir agradar a gregos e troianos num meio onde os factos, sejam eles quais forem, têm sempre duas ou mais interpretações distintas.
António Manuel Barata Gomes (na foto de cima, à direita, com o aficionadíssimo homem do futebol José Peseiro), antigo forcado e muito conhecido no meio taurino por ser proprietário do afamado restaurante "Casa das Enguias", tornou-se empresário tauromáquico e, como era de prever, tem estado em algumas ocasiões na mira dos observadores e sob fogo dos tradicionalmente descontentes...
É homem de poucas falas e o seu trabalho em prol da Festa Brava sente-se - não é ele que o apregoa.
Agora e ao anunciar o cartel (ao lado) da corrida que no próximo dia 30 vai marcar a reinauguração da praça de toiros de Estremoz, Barata Gomes e a sua empresa "Campo e Praça" foram alvos de críticas várias pelo facto de o elenco não incluir nenhum cavaleiro da Dinastia Cortes e muito menos render homenagem ao Maestro José Maldonado Cortes, o toureiro da terra, pelos seus 50 anos de alternativa. Outras vozes se levantaram e apontaram também o dedo ao empresário pela ausência de um dos Moura neste cartel. Não se pode, como atrás dissemos, agradar a gregos e troianos.
Em declarações ao "Farpas", António Manuel Barata Gomes desdramatizou a "polémica Cortes":
"Precipitaram-se e falaram antes de tempo aqueles que nos acusaram de ter esquecido a homenagem a José Cortes pelo meio século da sua alternativa. É claro que a temos prevista e que a vamos fazer durante o mês de Setembro, como oportunamente iremos anunciar. Cada coisa no seu lugar: primeiro, a reinauguração da praça, depois a homenagem ao cavaleiro que levou o nome de Estremoz aos quatro cantos do mundo. As duas coisas, numa corrida só, tiravam importância uma à outra. Às vezes, as pessoas precipitam-se e não entendem as estratégias. Empresarialmente, considero que tudo junto iria tirar importância aos dois acontecimentos".
Foto D.R.
