sábado, 10 de agosto de 2013

O verdadeiro estado actual de José Luis Gonçalves


O "Farpas" voltou hoje a consultar o conceituado médico neurologista (um dos mais prestigiados do país) que nos tem ajudado, nos últimos dias, a "decifrar" para o grande público os comunicados diários do Hospital de Santa Maria sobre o estado clínico do antigo toureiro José Luis Gonçalves (na foto, com uma amiga, na discoteca "Main" de Lisboa, ex-"Kapital", numa das festas "After Campo Pequeno").
Face ao comunicado de ontem (que publicámos anteriormente) e segundo este médico, o antigo matador de toiros "está, de facto, a registar melhorias extraordinárias na sua situação neurológica (cabeça) e estas podem mesmo ser consideradas como verdadeiros sinais de esperança na sua recuperação". Contudo e como o próprio comunicado esclarece, "o prognóstico é ainda reservado, carece ainda de cuidados intensivos e só no decorrer dos próximos dias haverá certamente uma mais firme certeza quanto ao seu futuro e, como também diz o comunicado hospitalar, quanto à possível recuperação clínica neurológica, isto é, o doente, neste momento, já não se encontra em coma, em que fora induzido, mas não está ainda totalmente consciente. Também já não está entubado, isto é, já não se encontra ligado à máquina e já respira por si só, o que significa que já se encontra livre de perigo e já não está, portanto, em risco de vida".
"Resta agora aguardar pelos próximos dias, por próximos exames e por próximas reacções que manifestará, para avaliar em que estado se encontra do ponto de vista neurológico. Por outras palavras, para avaliar se sofre ou não se sequelas e qual é, na realidade, a extensão das lesões cerebrais que já foram confirmadas pelo hospital", esclarece o nosso interlocutor, acrescentando:
"É normal e é bom sinal que abra espontaneamente os olhos e que cumpra ordens simples, ainda que, como refere o comunicado, inconstantemente, isto é, não sempre. É também normal que tenha dito 'bom dia' duas vezes, como informa o comunicado do hospital, mas resta saber se raciocina e até que ponto o faz".
"Mais preocupante é o facto de o comunicado referir que o doente 'reage aos estímulos dolorosos superficiais com flexão dirigida dos membros superiores', sem referir que acontece o mesmo em relação aos membros inferiores. Ou seja, num quadro clínico que é possível nestas condições, pode encontrar-se paralisado dos membros inferiores. Mas é ainda cedo para afirmar que o estará e os próximos dias, como o comunicado refere, deverão ser esclarecedores para avaliar a possível recuperação clínica neurológica. Num caso como este e dado a existência de graves lesões cerebrais, podem existir sequelas que condicionem o doente no seu futuro. Em todos os casos, é de referir que os sinais até ao momento obtidos são de esperança e revelam uma recuperação importante e mesmo extraordinária face ao quadro clínico que apresentava em dias anteriores", conclui o médico neurologista.

Foto Paulo Esteves/@Main