quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A nossa homenagem: Nuno Salvação Barreto, 19 anos de saudade

Nuno Salvação Barreto foi, na segunda metade do século XX, uma das mais
importantes e mais destacadas referências da Tauromaquia em Portugal
Miguel Alvarenga entregando a Nuno Salvação Barreto o Troféu ao Mérito com
que foi, pouco anos antes de falecer, distinguido pela Real Tertúlia Tauromáquica
D. Miguel I
. Neste acto prestou-se também homenagem ao saudoso cavaleiro
Dr. Fernando Salgueiro, que vemos à esquerda, na foto, ao lado de seu filho, o
também cavaleiro tauromáquico Fernando de Andrade Salgueiro

Foto Marques Valentim
Nuno Salvação Barreto fundou em 1944 o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa
e comandou-o durante quase 50 anos até 1992
Foto Luis Azevedo/Estúdio Z
A célebre "pega" de Salvação Barreto, que actuou como duplo,
no filme "Quo Vadis", trouxe-lhe fama internacional. Aqui, uma
página da revista "Flama" (1950) destacando esse feito histórico


Cumprem-se hoje 19 anos sobre a morte de Nuno Salvação Barreto, uma das mais emblemáticas e míticas figuras do mundo tauromáquico na segunda metade do século XX e uma verdadeira lenda da arte de pegar toiros. E não só. Foi também o grande pioneiro em França na divulgação da corrida de toiros à portuguesa e, por consequência, do forcado amador e foi ainda um dos mais destacados empresários taurinos nacionais, chegando a gerir um considerável número de praças de toiros de norte a sul do país.
Fundador do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, um dos mais antigos e mais prestigiados, foi seu cabo durante quase 50 anos, de 1944 a 1992, passando o testemunho a José Luis Gomes, segundo cabo do grupo, que por sua vez o transmitiu depois a seu filho, Pedro Maria Gomes, o actual cabo.
A sua participação no famoso filme "Quo Vadis", nos anos 50, onde dobrou o gigante cristão Ursos (interpretado pelo lutador Buddy Baer) na luta com um toiro no coliseu romano para salvar Lygia, sua protegida, amarrada a um tronco, deu-lhe fama internacional.
Nuno Salvação Barreto foi, acima de tudo, um dos mais importantes pilares da arte tauromáquica em Portugal e um dos seus maiores divulgadores no mundo. Homem afável, de finíssimo trato, foi também o símbolo de uma Lisboa boémia de outros tempos - um Homem diferente, especial.
O Grupo de Forcados Amadores de Lisboa recorda-o hoje, com estas palavras, na sua página da rede social "Facebook":
"Figura sempre presente no seio do seu Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, quer seja pela acções, valores e princípios que soube implementar no Grupo, ou relembrada por todos os que o conheceram. Continue a olhar por nós".

Fotos D.R.