quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Salamanca rede homenagem a Júlio Robles no 16º aniversário da sua morte

Anos 90, uma tarde histórica vivida em Salamanca em casa de Júlio Robles e que
juntou, entre outros, José Maria Manzanares (pai), Amadeu dos Anjos, Rui Bento,
Miguel Alvarenga e Paco Pallarés
Júlio Robles com Amadeu dos Anjos em Salamanca poucos anos antes da morte



O Ayuntamiento de Salamanca e a Federação de Peñas Taurinas de Salamanca "Helmántica" vão voltar a render homenagem à memória do matador de toiros Júlio Robles na próxima sexta-feira e no sábado, quando passam 16 anos sobre a sua morte.
Na sexta. dia 13, no Teatro Liceo de Salamanca terá lugar pelas 20 horas uma conferência subordinada ao tema "Júlio Robles, mis recuerdos", com a participação de Maxi Pérez, colaborador do canal Toros TV e grande aficionado de Colmenar Viejo, que evocará memórias daquele que foi o seu grande ídolo de juventude.
No sábado, 14, realiza-se a habitual cerimónia de deposição de flores na estátua do Maestro Robles, diante da praça de toiros de Salamanca.
Júlio Robles, que se apresentou em Lisboa, no Campo Pequeno, em Agosto de 192, alternando com "Paquirri", os cavaleiros Manuel Conde e Luis Miguel da Veiga e os Forcados de Évora, com toiros de Cabral Ascenção (cartaz ao lado), morreu a 14 de Janeiro de 2001, onze anos depois da colhida fatal que sofreu na praça francesa de Beziers e de que resultou tetraplégico.
Natural de Fontiveros, Ávila, Júlio Robles tinha 49 anos quando nos deixou. Tomou a alternativa na Monumental de Barcelona a 9 de Julho de 1972, um mês antes da apresentação no Campo Pequeno, apadrinhado por Diego Puerta com Paco Camino de testemunha. O toiro da alternativa tinha o nome de "Clarinero" e pertencia à ganadaria de Juan Maria Péres Tabernero.
Confirmou a alternativa em Madrid a 22 de Maio de 1973, com toiros de Caridad Cobaleda. O acto foi apadrinhado por António Bienvenida e testemunhado por Palomo Linares.
Ao longo da sua recordada carreira, saíu três vezes em ombros pela porta grande da Monumental de Madrid nos anos de 1983, 1985 e 1989. O toiro "Timador" da ganadaria de Cayetano Muñoz, acabou com a sua vida de toureiro na arena francesa de Beziers, na fatídica tarde de 13 de Agosto de 1990, deixando-o tetraplégico. Complicações respiratórias, depois de durante onze anos ter convivido com a maior força e dignidade com a sua nova situação, causaram-lhe por fim a morte num hispotal da cidade de Salamanca, onde vivera a maior parte da sua vida.

Fotos D.R.