segunda-feira, 17 de abril de 2017

Em Serpa cumpriu-se um ano mais a tradição

O matador espanhol Manuel Jesus "El Cid" destacou-se sábado em Serpa


Fernanda Rita - Nesta altura do ano, Serpa tornou-se um destino obrigatório não só pelas festas locais, mas também pelo já tradicional festival taurino misto a favor dos Bombeiros Voluntários, que no passado sábado não foi excepção. Com temperaturas agradáveis a fazer lembrar uma tarde de Verão, com meia casa forte, o festival de Serpa contou com um cartel de luxo. Não só no que diz respeito ao toureio a cavalo, como também na parte apeada.
A anteceder o festejo cumpriu-se um minuto de silêncio em memória do cavaleiro bejense Luís Cruz e também do menino Adrian, que sonhava ser toureiro e faleceu vítima de cancro.
Seguiu-se uma homenagem a Luís Rouxinol que esta temporada comemora 30 anos de alternativa.
Assim estavam reunidos todos os ingredientes para que o festejo resultasse numa interessante tarde de toiros.
Luís Rouxinol abriu a função frente a um exemplar da ganadaria Santiago, reservado, protagonizando uma lide sem história, destacando-se apenas a colocação de um ferro em sorte violino.
À cara deste toiro foi João Silva dos Amadores de Cascais, concretizando ao terceiro intento.
Filipe Gonçalves, andou ao seu estilo e com vontade de triunfar. A destacar o par de bandarilhas, terminando a sua actuação com um ferro em sorte de violino diante de um Varela Crujo que acabou por servir.
Pegaram este toiro os Amadores de Beja por intermédio de José Campaniço à primeira tentativa e sem dificuldades.
Manuel Ribeiro Telles Bastos, com o seu toureio de fino recorte clássico, destacou-se com ferros de boa nota frente a um bom exemplar de Santiago.
Luís Fernandes, dos Amadores de Cascais, consumou à primeira tentativa, com o toiro a ir pelo seu caminho e sem complicar.
João Ribeiro Telles lidou um toiro de Jorge Mendes, bem apresentado e com mobilidade, mas que cedo rachou, resultando a  sua actuação de mais a menos.
Pelos Amadores de Beja, Diogo Morgado concretizou à terceira tentativa a sesgo.
A pé, a Manuel Jesus "El Cid" coube em sorte o novilho pertencente à ganadaria Passanha Sobral com recorrido e nobreza. O toureiro de Salteras desfrutou do seu toureio, desenhando bonitos naturais com temple e profundidade.
David Galván enfrentou um novilho de Falé Filipe complicadote. O jovem matador luziu-se no capote. Com a flanela rubra sacou o que havia para sacar, sem o exemplar romper na muleta.
Manuel Dias Gomes lidou o sobrero de Ascenção Vaz, "feio", complicado e sem condições de lide. Manuel andou esforçado, pois não podia fazer mais face a tão parca matéria-prima.
Um bem-haja à organização pelos esforços que tem feito em  manter viva esta tradição.
Apenas a apontar as excessivas 4 horas e tal de duração do espectáculo.

Fotos Fernando Clemente