segunda-feira, 17 de abril de 2017

Sevilha e Madrid: Páscoa sem amêndoas e pouca ressurreição...

Presença da aficionadíssima Infanta Dª Elena na Real Maestranza de Sevilha
foi ontem o maior destaque de uma corrida rodeada da maior expectativa, mas
onde não se passou quase nada...
Manzanares, Roca Rey e Morante acabaram com os bilhetes em Sevilha, mas
depois... no pasó nada
Madrid: mano-a-mano sem história. Só se salvou Curro Díaz (em baixo)


Domingo de Páscoa sem amêndoas e pouca ressurreição nas duas grandes corridas que ontem se celebraram na Real Maestranza de Sevilha e na Monumental de Madrid e que eram aguardadas com enorme e justificada expectativa.
Morante de la Puebla, Manzanares e Roca Rey esgotaram a lotação da Maestranza de Sevilha, tiveram honras da presença da aficionadíssima Infanta Dª. Elena no camarote real, mas depois... no pasó nada. Morante foi silenciado no primeiro toiro e ovacionado no segundo; Manzanares teve os mesmos resultados; e Roca Rey foi ovacionado nos dois. Os toiros, bem apresentados, mas de pouco jogo na generalidade, pertenciam à ganadaria de Nuñez del Cuvillo.
Em Madrid, o mano-a-mano Curro Díaz/José Garrido estava igualmente rodeado de fortíssima expectativa, mas a Monumental registou apenas meia entrada e o crítico Iñigo Crespo resumiu assim a corrida no título da sua crónica no site aplausos.es: "Brilho de Curro Díaz num mano-a-mano sem história".
Lidaram-se toiros de Montealto, de boa apresentação, mas desluzidos e sem raça. Curro Díaz, que oito dias antes fora o grande triunfador do festival de Vila Franca de Xira, foi o mais destacado (aplaudido no primeiro toiro, silenciado no segundo e ovacionado no terceiro); José Garrido foi silenciado nos três. Foi colhido o bandarilheiro António Chacón, que sofreu uma cornada na coxa de prognóstico reservado. Foi operado na enfermaria da praça e transferido para o Hospital S. Francisco de Assis, onde está internado.
Enfim, nem uma volta à arena nas duas principais praças de Espanha num Domingo de Páscoa que para os aficionados e os toureiros foi mais amargo que doce...

Fotos González Arjona e Javier Arroyo/aplausos.es