terça-feira, 20 de junho de 2017

Mestre David Ribeiro Telles: um ano de saudade

Uma Figura incontornável e emblemática da nossa Festa
Cempo Pequeno, na noite em que deu a alternativa a seu neto Manuel Telles Bastos



Miguel Alvarenga - Mestre David Ribeiro Telles deixou-nos há um ano. Mas a verdade é que todos nós nunca o deixámos. E, como escrevi aqui há exactamente um ano, há figuras que não morrem nunca. E ele era - é - uma delas.
Na sua imensa bondade e na sua tão dócil simplicidade, Mestre David impunha respeito e cativava com o seu sorriso. Era uma figura incontornável, emblemática. Olhava-se para ele, falava-se com ele e olhava-se e falhava-se para um importante pedaço da História. Da História não só da Tauromaquia. Também da própria História de Portugal.
Equitador exímio, Mestre dos Mestres, toureiro dos que marcam época e deixam escola, criador de cavalos e de toiros, era a imagem do lavrador à antiga, do homem do campo com a educação e o glamour dos senhores grandes da cidade.
Deixou em seus filhos e netos uma prole de gente-outra, uma maneira distinta de estar no mundo e na Festa de Toiros. Nisso, foi um exemplo maior. E talvez mesmo único.
Agora há imensas Estrelas no Céu. Mas já não há cá em baixo, na Terra, muitos Homens como ele.
Um ano depois da sua morte, qual morte? Mestre David é imortal!, lembro-o com carinho e com respeito. Com amizade. Abraço seus filhos e filhas, seus netos, a Família inteira. E recordo-o como sempre. E para sempre.

Fotos D.R.