Maio de 1997 em Salamanca, em casa de Júlio Robles, a minha tarde única com o Maestro Manzanares. Mostrei agora estas fotos a seu filho e ele comoveu-se até às lágrimas |
1999 em casa de Paulo Caetano, com meu Pai, mostrando a Manzanares as fotos da nossa célebre tarde em casa de Júlio Robles |
Manzanares no "Rubro", à tarde, na quinta-feira, com Óscar Chopera, Jorge Matilla e Rui Bento, quando via as fotos do meu encontro com seu Pai |
À tarde, no "Rubro", vendo as fotos que lhe fui mostrar |
Manzanares ladeado por Rui Bento e "Nené" |
Manzanares fotografando com a minha Leica... |
Brindando com aficionados que, do cimo das escadas, quiseram fazer com Manzanares uma saúde ao seu memorável triunfo nessa noite |
Aqui, Manzanares experimenta ver com os meus óculos... |
Momentos únicos no "Rubro", depois da corrida do Campo Pequeno, na última quinta-feira... que aqui era já a madrugada de sexta! |
Miguel Alvarenga - Em Maio de 1997, há exactamente vinte anos, vivi em casa do saudoso matador de toiros Júlio Robles, na companhia, entre outros, de Amadeu dos Anjos e Rui Bento (íamos a um festival em Vecinos, a poucos quilómetros de Salamanca, que não se efectuou por ter chovido e a tarde acabou como acabou em casa de Robles) um momento único com o Maestro José Maria Manzanares - que embora me não dignifique assim muito... se traduziu numa valente (mas gloriosa) tarde de copos, a que há quem chame uma grande bebedeira. Mas também, valha-nos Deus, apanhar uma bebedeira com um figurão como o sempre lembrado Manzanares é coisa que marca qualquer um. E a mim marcou-me. Alguns lembrar-se-ão certamente dessas fotos (que volto a publicar em cima), que ao tempo foram capa do jornal "Farpas"...
Na passada quinta-feira, estive à tarde no "Rubro", o afamado restaurante da praça do Campo Pequeno, antes da corrida dessa noite, com José Maria Manzanares (filho). Estavam também Rui Bento, a Drª Paula Resende, o apoderado Jorge Matilla e também o apoderado de Pablo Hermoso, Óscar Chopera - como no dia aqui noticiei.
Levei comigo as fotos dessa célebre tarde em Salamanca e também as que o Emílio nos tirou uns anos (poucos) depois, quando Manzanares (filho) toureou ainda como novilheiro em Monforte e eu me reencontrei (com o meu querido Pai) com Manzanares (pai) em casa de Paulo Caetano e lhe recordei esse dia hilariante, mostrando-lhe as fotos (que me autografou).
Manzanares comoveu-se até às lágrimas ao ver essas fotos da minha bebedeira com seu Pai ("Tivemos algums brigas, mas para mim será sempre único e penso nele todos os minutos da minha vida", disse-me, comovido).
Depois da corrida, já de madrugada, voltámos a estar juntos no "Rubro". Manzanares estava ao rubro, feliz e a gosto pelo triunfo que acabara de viver numa praça tão solene - e de que gostou tanto - como a do Campo Pequeno. Cantou, viu e mostrou-nos no seu tablet faenas históricas de seu Pai, demonstrou (outra vez) toda a sua grandeza e toda a sua humildade, levantando-se da mesa vezes sem conta para dar autógrafos e fotografar-se ao lado de vários aficionados que ali acorriam e pediam para retratar esse momento único ao lado do matador. Fez brindes, exteriorizou toda a sua alegria e toda a sua contagiante euforia depois de uma noite de glória na primeira praça de Portugal.
Não houve bebedeiras, desta vez - garanto. Houve apenas e só alegria, entusiasmo, euforia e momentos únicos.
Publico aqui as fotos que se podem publicar. Manzanares pediu-me: "Publica só as que são publicáveis. As outras, guarda-as para ti e daqui por vinte anos vai ter com o meu filho, como hoje vieste ter comigo e mostra-lhas, diz-lhe como me disseste a mim: há vinte anos, olha eu com o teu pai num momento de grande alegria!".
Vinte anos separam as minhas fotos com o pai e com o filho. A mesma classe, a mesma grandeza, o mesmo pedaço de torerazo. Únicos.
Fotos D.R.