Miguel Alvarenga - Lotação esgotada ontem em Salvaterra de Magos para assistir à XV Tourada Real com a presença num camarote dos Duques de Bragança.
Como se viu, não há segredos, nem é assim tão difícil recuperar uma praça que estava queimada. Honra seja feita ao grande desempenho ali levado a cabo desde o ano passado pelo dinâmico e empreendedor empresário Rafael Vilhais.
Toiros de verdade, toureiros de verdade, cartéis agressivos e chamativos - e o público vai.
O problema actual da Festa é os empresários (e os outros, incluindo toureiros) ainda não terem entendido ou não quererem entender que a solução passa pela redução drástica do número de espectáculos. Menos, muito menos - mas bons.
Continuam a efectuar-se touradas sem razão de ser, sempre com os mesmos toureiros, com elencos de "mais do mesmo" e a esses espectáculos, obviamente, o público não vai. Nos bons, marca presença. Como ontem aconteceu em Salvaterra de Magos. Parabéns, Rafael Vilhais.
Afinal, a única crise que existe é, insisto, a falta de senso e a falta de empresários a sério - para que isto seja levado a sério e tenha sucesso.
Ontem estava um Senhor na barreira - Rogério Amaro. A quem brindaram, apenas e só, os Forcados de Alcochete, por intermédio de António José Cardoso. Foi pena que mais ninguém se tivesse lembrado de brindar a um empresário e antigo forcado que foi dos últimos a andar aqui com dignidade e com seriedade.
Da corrida em si, já aqui venho falar. Até já.
Fotos Duarte Justino/Facebook e D.R.
