domingo, 11 de março de 2018

Fernandes e Ventura em evidência no Redondo (praça esgotada)

Guardou-se um minuto de silêncio em memória de João Patinhas, António Manuel
Cardoso "Nené" e Manuel Cipriano Badajoz
António Ribeiro Telles marcou a distinção pela sua arte clássica
Depois de sair em ombros em Castellón, Rui Fernandes teve ontem notável
e empolgante actuação no Coliseu do Redondo
Foto D.R./@Diego Ventura oficial/Facebook
Diego Ventura "rebentou a escala"!
Filipe Gonçalves chegou ao público com o seu toureio emotivo
João Moura Jr. deixou ferros da sua marca inconfundível
Mara Pimenta andou esforçada com um toiro que lhe deu poucas opções

Tarde dura para os Amadores de Évora, com pegas por José M. Caeiro (à terceira),
Afonso Mata (à terceira) e Miguel Direito (à segunda)
Pelos Amadores do Redondo foram caras Daniel Silva (à quarta), João Calado
(à terceira) e Renato Cristo, este na única pega da tarde concretizada à primeira


Lotação esgotada ontem no Coliseu do Redondo no IX Festival da Rádio Campanário, que pela primeira vez não se realizou na praça de Vila Viçosa. Lidaram-se toiros da ganadaria Prudêncio, sérios, mas mansotes no geral, procurando refúgio em tábuas, não facilitando o labor aos cavaleiros e muito menos aos forcados, que tiveram uma tarde bem dura.
Triunfo apoteótico de Diego Ventura, a viver momento altíssimo, que foi premiado com duas voltas à arena. Tudo o que faz, faz bem e a sua entrega, o seu profissionalismo e a sua arte contagiam todos os públicos.
Nota alta também para a actuação de Rui Fernandes, numa temporada de comemoração para a sua carreira (20 anos de alternativa), a reafirmar que 2018 promete ser um ano em grande, depois de esta semana ter saído em ombros em Castellón.
António Telles teve uma lide em crescendo e na tónica usual do toureio clássico que é apanágio da sua sempre aplaudida interpretação da arte de lidar e tourear a cavalo; Filipe Gonçalves evidenciou exuberância e seriedade numa lide alegre, ao seu estilo, que chegou ao público; João Moura Júnior brilhou sobretudo com o seu craque "Xeque-Mate", deixando ferros da sua marca inconfundível; e a jovem praticante Mara Pimenta, a contas com um toiro complicado, andou esforçada e com entrega, procurando sacar o partido que o oponente lhe não proporcionava.
Os forcados dos grupos de Évora e do Redondo não tiveram ontem tarefa facilitada. Pelos eborenses pegaram José Maria Caeiro à terceira, Afonso Mata à terceira também e Miguel Direito à segunda; pelo grupo da casa, foram caras Daniel Silva à quarta, João Calado à terceira e Renato Cristo na única pega da tarde concretizada ao primeiro intento.
O festival teve acertada direcção de Agostinho Borges e ao início foi guardado um minuto de silêncio em memória de João Patinhas, António Manuel Cardoso "Nené" e Manuel Cipriano Badajoz.

Fotos Maria Mil-Homens